Produzido pela A24, responsável por sucessos como Ex Machina (2015), A Bruxa (2016) e Moonlight (2016), traz a direção do estreante Ari Aster, que parece bem seguro e obstinado em entregar uma obra que prima na ruptura do suspense clássico e lança mão dos clichês para construir um enredo alicerçado nas tramas e no terror psicológico. O filme ainda tem no elenco Gabriel Byrne, Alex Wolff, Ann Dowd e a estreante Milly Shapiro.
Iniciamos com o velório da matriarca da família Graham, uma senhora misteriosa que escondia muitos segredos. O filme é um dos poucos que se destaca no já saturado gênero de terror sobrenatural e nos mostra uma família muito excêntrica. Com a morte da mãe, Annie (Toni Collette) precisa lidar com o luto e com os conflitos familiares, uma família perturbada onde parece que o único objetivo e ver quem vai surtar por ultimo em meio a tantos acontecimentos bizarros.
Annie sempre foi uma mulher muito cética, mas depois de acontecimentos trágicos e misteriosos ela começa a juntar pistas sobre o passado da mãe, é então que ela conhece Joan (Ann Dowd) uma senhora prestativa e preocupada com a situação da família, ela tenta mostrar a Annie que o sobrenatural é possível e pode ser a resposta que ela tanto procura para resolver os problemas da família. Mas o que Annie ainda não sabe é que ao entrar em contato com forças obscuras e desconhecidas, ela estaria colocando em prática o plano que sua falecida mãe arquitetou durante a vida toda.
Não espere o óbvio, nem banhos de sangue aleatórios, tão pouco os famigerados jump scares. Hereditário é aquele terror que vai te sufocar até o último instante, o diretor soube conduzir mesmo que de forma lenta, uma narrativa bem alinhada, aos surtos e distorções psicológicas, mesmo quando parecem normais os Graham se mostram perturbados e afetados por segredos e mistérios. Tudo nas quase duas horas de duração do filme, tem o objetivo de prender a atenção e apontar caminhos diferentes para os muitos conflitos da trama, ele consegue de forma quase irretocável, nos assustar e nos intrigar em cenas e momentos simples, acompanhados de uma trilha medonha e sufocante, de outra forma em momentos de tensão e medo, a trilha sonora simplesmente é eliminada e temos que lidar com a quebra de expectativa em cenas mais extremas apenas com sussurros e ruídos no cenário.
Assista Hereditário de preferência acompanhado(a)
Não seria justo aqui revelar qualquer detalhe ou pistas sobre a trama, pois esse é um filme que merece ser visto e compreendido a partir dos desdobramentos e revelações que aos poucos vão surgindo, pois certamente ao final você terá aquela sensação de missão cumprida, e vai ter a certeza de que esse é um daqueles filmes que só se assiste uma vez, e de preferência acompanhado(a).
Por Ricardo França
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